quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

História Geral da África


História Geral da África
Principal obra de referência sobre o assunto é lançada na língua portuguesa
Na manhã desta quinta-feira (9), o ministro da Cultura, Juca Ferreira, participou da solenidade de lançamento da edição, em português, da Coleção História Geral da África, composta por oito volumes e quase 10 mil páginas.

O trabalho foi editado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), em parceria com o Ministério da Educação e a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). A obra foi publicada pela Unesco nos anos 1980 e sua produção foi realizada num período de 30 anos, com a participação de 350 pesquisadores, sendo a maioria cientistas de origem africana. Já foi editada em inglês, francês e árabe.

A cerimônia de lançamento da obra em língua portuguesa aconteceu na Universidade de Brasília (UnB), no auditório da Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec). A Coleção será distribuída a todas as bibliotecas e universidades públicas do País e servirá de base para a criação de materiais pedagógicos a serem utilizados em sala de aula. O objetivo é possibilitar aos professores e estudantes um conhecimento completo sobre o continente africano e a sua contribuição para a formação da sociedade brasileira.

“Nós não seríamos o que somos sem a contribuição africana. Vivemos um momento histórico no Brasil, que, nos últimos anos, vem se aproximando cada vez mais dos países da África”, disse Juca Ferreira. O ministro elogiou os volumes da Coleção, que, segundo ele, serão de grande valia para os educadores, artistas, pesquisadores, estudantes e todas as pessoas interessadas em conhecer e aprofundar no assunto.

Mudança

Juca Ferreira fez parte da mesa de autoridades, que contou com a presença do ministro da Educação, Fernando Haddad; do representante da Unesco no Brasil, Vincent Defourny; do vice-reitor da UFSCar, Pedro Manoel Galetti Junior; do adido cultural da Embaixada de Angola no Brasil, José Carlos Lamartine; e do secretário adjunto da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), João Carlos Nogueira.

A professora Petronilha Beatriz Gonçalves, que tem pós-doutorado em Teoria da Educação na África do Sul, foi super aplaudida por todos e levada a compor a mesa, a pedido incessante da plateia, formada em sua maioria por pesquisadores, educadores e militantes do Movimento Negro. Ela integrou a comissão que elaborou o parecer que regulamenta a Lei 10.639/2004, que estabelece diretrizes para o ensino de História e Cultura Africana e Afro-Brasileira no currículo na rede de ensino no Brasil.

O ministro Fernando Haddad disse que o material lançado vai mudar a realidade das escolas brasileiras. “Somos o quarto país a traduzir a obra, mas, apesar disso, saímos na frente ao disponibilizarmos o material para que sirva de base didático-pedagógica para atendimento de nossas crianças em sala de aula”, afirmou.

O representante da Unesco no Brasil cumprimentou o ministro Juca Ferreira por priorizar na pauta de trabalho do Ministério da Cultura políticas e projetos voltados à promoção da igualdade, valorização e preservação da cultura negra.

A professora Petronilha Gonçalves destacou que “tudo que eu possa ter feito ou venha a fazer é fruto do trabalho realizado pelos nossos antepassados, que construíram aqui outro povo: os brasileiros africanos”.

(Texto: Glaucia Ribeiro Lira, Comunicação Social/MinC)
(Fotos: Pedro França)


Autor: Clelia Araujo/Comunicação Social
Categoria: Notícias do MinC, O dia-a-dia da Cultura

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